Aslan, Mufasa e Simba: Semelhanças e Diferenças

The Lion king 

Neste artigo, quero de alguma forma mostrar esses personagens, suas histórias e seus significados. Embora eu não consiga esgotar todos os assuntos relacionados a essas fascinantes figuras da cultura pop, vou tentar explorar e compartilhar o máximo possível sobre suas trajetórias e simbolismos.



Três personagens que fizeram muito sucesso, em épocas diferentes: quem é mais conhecido hoje? Qual é o mais popular? Quais são os símbolos e seus significados? Quais são as semelhanças?

Vamos tentar fazer um comparartivo entre Aslan, Mufasa e Simba, pois cada um deles brilhou em diferentes áreas da cultura pop. Vamos analisar:

Mufasa tem uma ligação com seu filho, Simba é aconselhado constantemente e recebe dicas de como enfrentar os problemas, conselhos esses que seu pai, Mufasa, juntamente com Rafiki, vão dando sempre que necessário. Esses contatos aparecem através da natureza e visões. Rafiki, no início de sua jornada, sente uma "verdade" em seu coração por causa de uma visão que ele tem sobre Malanè, uma terra de igualdade e prosperidade. Rafiki e Mufasa, em suas trajetórias, parecem descobrir a verdade aos poucos, ao longo de suas jornadas.

Agora, Aslan já passa a figura de alguém que tem seu destino muito bem resolvido. Aslan acaba tendo respostas para tudo. Não há ninguém em Nárnia que conheça mais do que ele.

A organização do reino de Mufasa e Simba nos lembra uma espécie de tribo, Muitas tribos tinham líderes específicos para diferentes funções, como caciques para questões políticas e organizacionais, pajés para assuntos espirituais e curandeiros que cuidam da saúde e pajé como líder espiritual, apesar de ter um rei os assuntos eram dividido e tendo a ajuda de pessoas importantíssimas como Rafiki uma espécie de líder espiritual.

Já em Nárnia, Aslan é o rei absoluto, é ele que cura, protege, e é dono de todo conhecimento. Um dos exemplos mais marcantes é a transformação de Edmund Pevensie. No início, Edmund se alia à Feiticeira Branca, atraído por promessas de poder e privilégios, como ser "Príncipe de Nárnia" e ganhar os doces mágicos dela. Ele age com egoísmo, trai seus irmãos e coloca todos em perigo. No entanto, quando Edmund percebe as verdadeiras intenções cruéis da Feiticeira Branca e experimenta as consequências de suas escolhas, ele é resgatado por Aslan. O leão não apenas o salva, mas o perdoa completamente, sem julgamento ou ressentimento.

Já nas histórias de Simbe e Mufasa encontrei Kovu, de "O Rei Leão 2, O Reino de Simba". Ele começa como parte do grupo dos exilados, leais à memória de Scar, e é treinado para derrotar Simba e assumir o trono. No entanto, ao desenvolver uma conexão com Kiara, filha de Simba, Kovu começa a questionar seus ensinamentos e seu papel como vilão.

Vou comentar a participação feminina nessas obras. Confira a seguir:


Não é difícil perceber a ação feminina significativa, destacando liderança, força, independência, conselheiras do rei e força militar nas personagens dos filmes de "O Rei Leão". O filhote que Simba tem no primeiro filme, que é apresentado como sucessor do trono, não tem o sexo revelado, mas claramente os próximos filmes adotaram a representação da força feminina.

As personagens femininas de Simba, por exemplo, em "O Rei Leão", desempenham papéis muito fortes e fundamentais na trama, especialmente Nala e Sarabi.

Nala é uma espécie de líder e influenciadora. Não apenas desafia Simba a retornar e reivindicar seu papel como rei, mas também demonstra coragem e determinação ao enfrentar Scar com sua bravura e liderança.

Já Sarabi é um símbolo de resiliência. Mesmo diante da opressão de Scar, Sarabi mantém sua dignidade e força, representando ações que resistem às injustiças com firmeza e integridade.

Agora, vamos à representação feminina de "As Crônicas de Nárnia".

Lúcia Pevensie é corajosa, gentil e cheia de fé. Ela acredita em Aslan, mesmo quando outros duvidam. Sua inocência e capacidade de enxergar o bem nos outros destacam sua pureza e esperança.

Susana Pevensie é protetora e inteligente. Ela age como uma espécie de "voz da razão" para seus irmãos. No entanto, ela também enfrenta desafios relacionados à fé e à dúvida. Em alguns momentos, Susana pode ser vista como alguém que luta para confiar plenamente em Aslan.


Qual personagem teve maior destaque na literatura?

Aslan, de as Crônicas de Nárnia, é um personagem literário icônico criado por C.S. Lewis. A série vendeu mais de 120 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-se um marco na literatura infantil, já Mufasa e Simba, por outro lado, são mais conhecidos por suas adaptações cinematográficas. Livros baseados em ´´O rei leão existem´´, mas não alcançaram o mesmo impacto literário que ´´As Crônicas de Nárnia´´.

Aslan tem um legado literário que se distaca até hoje, e teve uma participação cinematográfica significativo.

Cinema

Já na área cinematográfica o destaque é Simba, o filme original ´´O Rei Leão``(1994) arrecadou cerca de US$978.8 milhões de dólares em bilheteria ao redor do mundo,  já com o filme ´´Mufasa: The Lion King (2024), alcançou o 1º lugar na América do Norte mais uma vez. Em todo o mundo, o filme soma US$ 591,9 milhões. ´´As Crônicas de Nárnia "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" (2005) arrecadou $745 milhões, mas as sequências tiveram menor impactos, já Simba lidera em termos de receita total, considerando bilheteria, merchandising e impacto cultural. O universo de "O Rei Leão" é uma das franquias mais lucrativas da Disney.

Comparações 

As datas das obras: Crônicas de Nárnia são bem mais antigas do que a história de Mufasa e Simba em "O rei leão". O primeiro livro da série, "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa", escrito por C.S. Lewis, foi publicado em 1950. Já O Rei Leão, o clássico animado da Disney, foi lançado em 1994, várias décadas depois. Cada um tem seu próprio tipo de sucesso, várias semelhanças intrigantes existem sobre esses personagens, pois ambos são figuras majestosas e simbólicas de liderança, amor e sacrifício. Aqui estão alguns pontos de diferenças e comparações:

Ambos tem uma figura paterna e protetora: Mufasa é um pai amoroso que guia Simba com sabedoria, enquanto Aslan age como um guardião para os filhos de Adão e Eva, oferecendo proteção e orientação espiritual, enquanto Mufasa guia de longe com conselhos de sabedoria Aslan está presente, praticamente que o tempo todo, a figura de Aslan  está relacionada ao chamado tabernáculo entre os homens. Aslan está presente fisicamente.

Já em Simba seu pai está presente como se fizesse parte da natureza, ou em alguns momentos como um "ancestral" que se comunica não em carne mas em espírito, porque já morreu e se faz presente apenas espiritualmente, não é tocado, mas Simba o sente de alguma forma, ou se conecta com ele através da natureza.

Notem que há um ressurgimento simbólico, Aslan ressuscita após sua morte, vencendo a morte e triunfando. Enquanto Mufasa vive como uma presença "espiritual", orientando Simba e relembrando-o de seu propósito.

Símbolos de sacrifício: Ambos sacrificam suas vidas pelo bem maior. Mufasa salva Simba ao custo de sua própria vida, e Aslan se oferece para morrer no lugar de Edmundo, demonstrando altruísmo e redenção os dois se sacrificam, Mufasa por seu filho e a descendência do trono, e Aslan por todos os seus súditos.

Mufasa, em "O Rei Leão", morre em uma cena trágica e icônica. Ele tenta salvar Simba após o jovem leão ter sido colocado em perigo por Scar, que havia tramado uma armadilha. Scar provoca uma debandada de gnus no desfiladeiro, onde Simba está, e Mufasa corre para resgatá-lo. Embora Mufasa consiga salvar Simba, ele próprio fica preso no desfiladeiro e tenta escalar para escapar. Ao pedir ajuda a Scar, seu próprio irmão o trai e o joga de volta ao desfiladeiro, onde Mufasa é pisoteado pela debandada.

Em "As Crônicas de Nárnia", Aslan não "morre" de forma permanente, mas sua morte em "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" é um dos momentos mais emocionantes e simbólicos da série. Ele se sacrifica voluntariamente para salvar Edmundo Pevensie, que havia traído seus irmãos e estava sob a condenação da Feiticeira Branca, de acordo com as leis antigas de Nárnia.

Aslan se oferece para tomar o lugar de Edmundo e é levado à Mesa de Pedra, onde é humilhado e morto pela Feiticeira Branca e suas forças. No entanto, graças à magia "mais antiga do que o próprio tempo", Aslan ressuscita no dia seguinte. Essa magia declara que, quando alguém inocente se sacrifica por outra pessoa, a morte é revertida. A ressurreição de Aslan simboliza a vitória sobre o mal e a esperança renovada.

Ambos se sacrificam, Mufasa por seu filho e o futuro do seu reinado, o interessante é que Mufasa tenta escapar de sua morte.

Já Aslam se entrega a ela, por Edmundo, que foi o verdadeiro culpado.

Autoridade moral e espiritual: Mufasa representa a ordem natural e o ciclo da vida, enquanto Aslan é uma alegoria de Cristo, personificando valores como fé, coragem e amor divino. 

"Milele" é uma palavra da língua suaíli que significa "eterno" ou "para sempre". No contexto de Simba: "O Rei Leão", é usada em uma das canções do musical para transmitir uma mensagem sobre legado e conexão, especialmente com os antepassados e o ciclo da vida.

Essa expressão carrega uma essência que reflete o tema central de "O Rei Leão": a continuidade e a importância de lembrar o papel de dentro desse grande ciclo. A linguagem suaíli, usada em diversas partes da obra, traz autenticidade e homenageia as culturas africanas que inspiraram a história. A cena final mostra Simba apresentando seu filhote no topo da Pedra do Reino, simbolizando a continuidade do ciclo da vida.

No filme O Rei Leão, a indícios da menção à famosa filosofia apresentada por Mufasa sobre o "Ciclo da Vida." As frases de Mufasa têm influência cultural africana, especialmente considerando que a ambientação do filme é baseada nas vastas savanas da África e suas religiões e ideias espirituais.

"O Rei Leão" não é oficialmente considerado um filme espírita, mas algumas interpretações e análises de sua narrativa podem associá-lo a conceitos presentes no espiritismo ou em filosofias espiritualistas.

Já "As Crônicas de Nárnia" é frequentemente considerado uma obra com fortes influências cristãs, tanto nos livros de C.S. Lewis quanto em suas adaptações cinematográficas.

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